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Exposição “Entrelinhas” de António Antunes

2012/05/10

Um dos melhores caricaturistas nacionais de todos os tempos, António Antunes, expõe o seu trabalho «Entrelinhas», na Fundação A LORD.

A mostra composta por 49 escritores, portugueses e de outros países, e 3 artistas plásticos estará patente até 27 de junho, podendo ser visitada de segunda a sexta das 09:30h às 12:30h e das 13:30h às 18:00h. A entrada é livre.

“António Moreira Antunes nasceu em Vila Franca de Xira a 12 de Abril de 1953. Com formação artística em pintura pela Escola António Arroio e frequência da Escola Superior de Belas Artes, tornou-se, nas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, no “ (…) melhor caricaturista político da ainda jovem Democracia portuguesa.”

No dia em que deflagra o golpe das Caldas, António inicia a sua carreira de cartoonista no vespertino República, na edição de 16 de Março de 1974, onde faz um desenho simbólico que viria a ser uma alegoria premonitória da revolução que rapidamente se aproximava. Em Dezembro de 1974, António transfere-se para o Expresso, depois da passagem pelo Diário de Notícias, A Capital, A Vida Mundial e O Jornal. É na edição do Expresso de 4 de Novembro de 1975 que nasce uma espécie de banda desenhada intitulada Kafarnaum que iria acender a polémica durante 100 semanas, trabalhos que iriam ser mais tarde reunidos naquele que viria a ser o seu primeiro livro.

Em 1983 publica um novo álbum «Suspensórios». Neste mesmo ano o cartoonista português arrecada um dos muitos prémios que iriam marcar a sua vida: o Grande Prémio no XX Salão International de Cartoon em Montreal com um pastiche da invasão israelita do Líbano. Os trabalhos de António passam a ser divulgados pela agência internacional Cartoonists & Writers Syndicate no seu catálogo Views of the World. Além de cartoons e caricaturas, António realizou iniciativas como a produção de peças de cerâmica representando figuras da actualidade política nacional e de baralhos de cartas de jogar com a mesma temática, nos anos 80. Em 1993, António vê-se envolvido naquela que seria a maior polémica da sua carreira: o «Preservativo Papal», representando João Paulo II com um preservativo pendendo do nariz.

O seu carácter de inconformismo vivo e crítica mordaz, uma enorme energia e um talento incontestado criaram aquele que é porventura o melhor caricaturista e cartoonista político nacional da actualidade que alia um humor subtil às suas criações.”

Fonte

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